Branko: "O meu objetivo é dialogar com todos de igual para igual"
A notícia da pausa "por tempo indeterminado" dos Buraka Som Sistema, após a digressão de celebração dos dez anos de carreira no início de 2016, ainda é recente, mas Branko, cofundador do grupo e da editora Enchufada, não descansa e na próxima sexta-feira é lançado Atlas, o seu primeiro álbum a solo, depois de nos últimos anos já se ter aventurado em nome próprio com uma mixtape e um conjunto de EP. Atlas levou-o a uma aventura musical, social e cultural por cinco cidades: Lisboa, Amesterdão, Nova Iorque, Cidade do Cabo e São Paulo, cidade onde atuará a 4 de setembro para mais uma noite Boiler Room, para a qual convidou vários artistas brasileiros.
O músico dividiu-se entre estas cinco cidades, gravando com uma diversidade imensa de artistas locais, tendo, nas suas contas, colaborado com 24 músicos no total. Nem todos entram neste conjunto de dez canções, mas o seu objetivo foi mostrar como em vários pontos do globo existem criadores a fazer uma música contemporânea, ainda que nunca desligada do seu contexto sociocultural.
Mas nem todos têm as mesmas hipóteses de visibilidade. Daí que o músico tenha dado uma especial importância em mostrar também o contexto sociocultural dos músicos com quem colaborou nestas cinco cidades, trabalho que foi documentado e que será divulgado numa websérie que começará cinco dias antes do lançamento do álbum.